Vivemos hoje uma geração marcada pelo medo. O medo se instalou nas emoções, nas decisões, nos relacionamentos. Mas Paulo diz: “não recebemos o espírito de temor, mas o de adoção.” Não somos mais escravos da opinião alheia, das circunstâncias, da insegurança.
Paulo diz que os que estão na carne não podem agradar a Deus. Mas ele afirma com clareza: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.” Romanos 8.9
Ou seja, quem não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
Essa afirmação é forte, porque ela nos convida a uma autoanálise: estamos sendo guiados pelo Espírito ou por nossas próprias emoções?
Paulo diz que se vivemos segundo a carne, morremos, mas se pelo Espírito mortificamos as obras do corpo, viveremos. E então, no versículo 14, ele completa: “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.”
Isso é tremendo: ser guiado pelo Espírito é marca de quem é filho. E filho tem identidade. Filho tem herança. Filho sabe quem é o Pai.
Paulo diz que não recebemos o espírito de escravidão, para viver outra vez em temor, mas o Espírito de adoção, pelo qual clamamos: “Aba, Pai!”
Esse grito — “Aba, Pai” — é o grito de quem conhece a intimidade com Deus. De quem já não vive mais como servo, como escravo, como órfão. Mas como filho.
E o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros: herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo.
Essa herança é para desfrutar: se com Ele sofremos, com Ele também seremos glorificados.
Ou seja, nossa filiação nos dá acesso à presença de Deus, à paz, à direção e também nos fortalece para enfrentar as dificuldades com fé, esperança e resistência.
Temos um Pai. E se temos um Pai, temos um futuro.
O Espírito não apenas consola, Ele também direciona. Ele nos lembra quem somos e nos guia para viver de acordo com essa identidade.
Seja na tribulação, na injustiça, na perda ou na espera, Deus está conosco. A presença do Espírito em nós é a certeza de que não estamos sozinhos e de que somos mais que vencedores. Não porque tudo dá certo, mas porque em tudo, Deus nos sustenta!
O desafio é: vamos continuar sendo guiados pelo Espírito ou vamos retroceder à escravidão do medo? Se somos filhos, é hora de viver como tais: com fé, confiança e paz.