Cavar poços aponta para o processo de se extrair algo subterrâneo. Este ato aponta para o processo de libertação e cura de nossa alma, que são gradativos. Pense em um poço abandonado e sujo há mais de 20 anos. Vamos com um grupo e fazemos a primeira limpeza, aparentemente tudo ficou limpo. Mas após essa primeira limpeza, percebemos que há mais sujeira a ser tirada. O que estava por baixo, sem ser visto vem à tona. Quando tiramos uma camada de lixo, outra imediatamente aparece.
— Dificilmente uma libertação se dará num ato apenas, mas normalmente é gradativa. Se dá em níveis. A cada nível, outros lixos deverão ser removidos.
Em Gênesis 26.12-25, os filisteus, ao entulharem os poços de Isaque, queriam eliminar qualquer vestígio de posse da terra. Entulhar poços com pedras era uma das armas usadas para derrotar inimigos
Da mesma forma, o inimigo tenta entulhar os poços da nossa alma, que é composta por mente, emoções e vontade. Tenta entulhar a nossa mente com pensamentos errados, com mentiras. O adversário deseja que cultivemos sentimentos errados e tenta contaminar a nossa vontade com desejos pecaminosos, pois ele sabe que se nossa alma não tratada estiver no controle, isso poderá bloquear o fluir das águas do Senhor e atrapalhará o nosso avanço.
No entanto, nós temos a responsabilidade de cuidar dos nossos poços. Ao nascermos de novo nos foi dada a capacidade de fluir no Espírito. Mas ao longo do tempo, o inimigo vai atirando pedras, todo o dia. Mas, em Cristo, podemos removê-las, pois “para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1Jo 3.8).
Algumas pedras que precisamos remover de nossos poços:
- Abuso
- Trauma
- Rejeição
- Incompreensão
- Mágoa – por palavras e ações
- Amargura
- Ressentimento
- Ofensa
- Autopiedade
- Vingança
- Depressão
- Desesperança
- Ansiedade
- Medo
- Inferioridade
- Insegurança
- Falsa culpa
- Condenação
- Julgamentos e criticismo
- Inveja e o ciúme
- Perfeccionismo – nos tornamos exigentes conosco e com os demais
- Sofismas – ideias falsas que parecem verdadeiras (foram construídos através de experiências, ensinos errados)
Nossos poços ficaram tão cheio de pedras, que estão entupidos e por isso, não conseguimos fluir livremente. De vez em quando até sentimos um borbulhar lá no fundo, mas parece que não vivemos a liberação completa que é necessária para que as águas do Espírito fluam livremente em nossas vidas.
Antes do Senhor ressuscitar Lázaro, Ele ordenou: Tirai a pedra!
E, então, vamos removê-las?